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Cantora Sinéad O’Connor é velada em Londres uma semana após sua morte

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Cantora Sinéad O’Connor é velada em Londres uma semana após sua morte
Sinéad O’Connor — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

O mundo se despediu da cantora irlandesa Sinéad O’Connor, conhecida pela canção “Nothing Compares 2 U”, sua voz única e seu posicionamento corajoso.

Com uma trajetória marcada por sua voz poderosa, seu posicionamento contundente e canções marcantes, a cantora e compositora irlandesa Sinéad O’Connor foi velada na última terça-feira (08), em Londres, cidade que se tornou sua casa.

A notícia de sua morte no dia 26 de julho, aos 56 anos, foi confirmada pelo jornal irlandês “The Irish Times”.

É com grande tristeza que anunciamos a morte de nossa amada Sinéad. Sua família e amigos estão devastados e pediram privacidade neste momento tão difícil, disse a família via comunicado.

Reconhecida mundialmente pelo icônico hit “Nothing Compares 2 U”, Sinéad O’Connor deixou um legado não apenas musical, mas também por seu idealismo, não conformismo e sua coragem em abordar questões sociais e políticas com sinceridade.

A artista foi encontrada morta em sua casa em Londres, no dia 26 de julho, dias após anunciar que estava preparando um novo álbum e pretendia voltar aos palcos.

Na última terça-feira, dia 8 de agosto, uma semana após a confirmação da sua morte, os familiares, amigos e fãs de Sinéad O’Connor se reuniram em Londres para prestar as últimas homenagens a cantora e compositora, que teve o corpo enterrado na cidade Bray, nos arredores de Dublin, capital da Irlanda.

O Legado Musical e Ativismo de Sinéad O’Connor

Nascida em Dublin, Irlanda, em 8 de dezembro de 1966, Sinéad O’Connor conquistou reconhecimento nos anos 80 pela sua voz poderosa e pelas letras politicamente engajadas.

Seu álbum de estreia, “The Lion and the Cobra“, lançado em 1987, marcou o início de uma carreira ascendente, consolidando-a como uma das artistas mais influentes de sua geração.

Ao longo de sua carreira, Sinéad O’Connor não apenas encantou o mundo com sua música, mas também desafiou as convenções e se tornou uma voz ativa em questões sociais e políticas.

Em um ato polêmico durante um programa de televisão em 1992, ela rasgou uma foto do Papa João Paulo II, uma ação que repercutiu internacionalmente e trouxe discussões sobre liberdade de expressão e contestação à autoridade.

Além de suas ações polêmicas, Sinéad O’Connor também teve conflitos públicos com outros artistas, como Madonna e Prince.

Suas discordâncias muitas vezes se relacionaram com questões de identidade artística e posicionamento político. Apesar dos desentendimentos, ela nunca deixou de inspirar diversos músicos e fãs ao redor do mundo.

David Holmes, produtor irlandês, revelou à revista Rolling Stone US que O’Connor estava trabalhando em um novo álbum antes de sua morte, indicando que sua música estava longe de encontrar um fim.

A despedida de Sinéad O’Connor em Londres foi uma demonstração do impacto que sua música e posicionamento tiveram na vida das pessoas. Sua contribuição para a cena musical e para o ativismo a mantém viva na memória de todos que foram tocados por sua arte e mensagem.

A cantora irlandesa, com seu espírito indomável, deixou uma marca que transcende o tempo e permanecerá como uma voz ressonante no cenário da cultura pop e do ativismo social.

Análise

Por: Gentil Lisboa

Lembro-me dos discos de vinil que meu irmão costumava colecionar. Ele guardava todos numa caixa no canto do quarto. Uma vez, ele trouxe para casa um disco novo que tinha trocado com alguém. Entre todos os discos, havia um que me chamou a atenção. Na capa, havia o rosto de uma moça careca com olhos verdes bonitos. Eu adorava olhar os detalhes desse rosto. Foi aí que comecei a ter uma paixão platônica.

Isso aconteceu em 1990, quando eu tinha 14 anos. O disco se chamava “I Do Not Want What I Haven’t Got“, da incrível Sinéad O’Connor. A voz dela era como a de um anjo e tocava bem fundo no meu coração. Suas músicas me emocionavam e me levavam para longe do quarto pequeno que eu dividia com meu irmão mais velho.

Minhas músicas favoritas eram “Black Boys on Mopeds” e “Nothing Compares 2 U“. Eu as tocava repetidamente, até que meu irmão chegava e tirava o disco do toca-discos, reclamando que estava cansado daquelas músicas. Agora, estou em um dia triste, descobri que a dona daquela voz que eu amava, minha paixão, faleceu. Meu coração está partido.

Desde janeiro de 2022, eu vinha acompanhando as notícias sobre ela. Ela estava internada voluntariamente após a trágica morte de seu filho, Shane O’Connor, que tinha 17 anos. Ele desapareceu em 7 de janeiro, em Newbridge, County Kildare, na Irlanda.

Tentei encontrar notícias e até conversei com alguém que se fazia passar por ela no Instagram. Sinéad foi uma grande figura na música, sendo romântica, mas também uma ativista. Ela lutou contra o abuso sexual por parte de padres e da hierarquia católica. Ela era forte, talentosa e possuía uma voz doce. Descanse em paz, minha eterna paixão.

Gentil Lisboa é um aventureiro de 46 anos, natural das terras altas e frias da Serra Catarinense. Atualmente, Gentil reside na belíssima Ilha de Floripa, onde continua a explorar novas aventuras. Agnóstico por opção, Gentil é autodidata desde cedo e tem como uma de suas formas de encarar a vida a constante prática de observar e absorver toda informação ao seu redor e transformar em textos relevantes.

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