Nos últimos anos, para sermos mais específicos, a partir de 2012, o Super Bowl — ou melhor dizendo: O show do intervalo — ganhou muita visibilidade e não só por ser durante a última partida da NFL (National Football League), mas também pelo retorno da música pop ao holofotes após o incidente com Janet Jackson e Justin Timberlake em 2004.
Entretanto, antes de 2012 ou até mesmo 2004, outros grandes astros da música pop foram responsáveis por divertir e encantar com suas apresentações únicas e repletas de criatividade os milhões de espectadores no próprio estádio ou através das transmissões online que com o avanço da tecnologia vem crescendo de forma assustadora.
Por outro lado, a história das apresentações musicais no intervalo do Super Bowl nem sempre foram com artistas premiados e reconhecidos na indústria da música durante o período de 1967 até o ano de 1993 quando Michael Jackson foi anunciado como atração do intervalo, o evento contava com apresentações de bandas marciais e artistas convidados para interpretar canções das produções da Disney.
As apresentações do Show do Intervalo do Super Bowl é uma forma inteligente onde os organizadores da NFL utilizam a arte e o esporte para atrair os espectadores, oferecendo muita energia e conexão com a população.
Sem esquecer que essa é a combinação perfeita para vender cotas de patrocínios cada vez mais caras, e que segundo o grupo de comunicação NBC, que detém os direitos de transmissão do evento para os EUA, alguns intervalos de 30 segundos podem custar mais US$ 7 milhões (R$ 36,5 milhões).
Ao contrário dos outros jogos da NFL que tem performances mais casuais durante as partidas, o Show do Intervalo do Super Bowl intencionalmente usa a música para unir os fãs do esporte com os apaixonados por música de todos os estilos.
O halftime show do Super Bowl já foi palco para artistas como: U2, Jennifer Lopez e Shakira, Michael Jackson, Diana Ross, Madonna, Coldplay, Black Eyes Peas, Prince e até Whitney Houston.
As apresentações musicais no Show do Intervalo do Super Bowl realmente impressionam pelo seu alcance criativo, energia e conexão com os espectadores. Por isso, vamos relembrar algumas apresentações de artistas que marcaram a história do maior evento esportivo dos EUA.
Quais são os melhores shows do Super Bowl?
Janet Jackson feat. Jessica Simpson, Janet Jackson, P. Diddy, Nelly, Kid Rock, Justin Timberlake – 2004
Nem de longe o show do intervalo do Super Bowl de 2004 foi o melhor, mas com certeza foi o mais injustiçado e polêmico. Você deve estar se perguntando:
O que aconteceu no Super Bowl de 2004?
O que aconteceu durante o show do intervalo do Super Bowl de 2004, foi uma mistura de conservadorismo com machismo e muito sexíssimo. A cantora Janet Jackson, irmã do Rei do Pop Michael Jackson, foi a atração principal da noite e recebeu vários artistas para compartilhar o palco com ela, entre eles Justin Timberlake.
Enquanto apresentavam a canção Rock Your Body de Justin, ele puxava a blusa dela e mostrava parte da lingerie de Janet.
Nesse momento, parte do seios de Janet ficou a mostra durante alguns segundos no horário nobre. Se vocês assistirem em câmera lenta, vão perceber que os seios de Janet estavam cobertos por um acessório dourado.
Em resposta ao “incidente“, a NFL recebeu centenas de reclamações, além de vários boicotes que ocorrem com a carreira de Janet, que claramente foi vítima de todo o machismo e misoginia da sociedade e da indústria do entretenimento.
Diana Ross – 1996
Se tem uma coisa que Diana Ross sabe fazer, é entregar vocais e performances brilhantes, se levar em conta o contexto das tecnologias que existiam em 1996, você percebe que o esforço de um artista para entregar um show tão completo e em tão pouco tempo, era muito maior.
Stevie Wonder feat. Gloria Estefan & Big Bad Voodoo Daddy – 1999
Grandes nomes e grandes hits foram apresentados no intervalo do Super Bowl de 1999, mas o destaque vai para a latina Glória Estefan cantando com o icóne da música americana Stevie Wonder.
Coldplay feat. Beyoncé & Bruno Mars – 2016
Se a banda britânica Coldplay achou que sua apresentação no Super Bowl de 2016 seria tranquila, eles não contavam com o conservadorismo e o racismo dos americanos, porque ao receber Beyoncé para lançar seu single “Formation” com forte temática em defesa dos direitos dos cidadãos afro americanos, isso gerou uma onda de reclamações e críticas ao evento.
Infelizmente a NFL não autoriza o compartilhamento do vídeo, mas vale a pena assistir no Youtube.
Madonna feat. Nicki Minaj, LMFO, Cee Lo Green e M.I.A – 2012
A rainha Madonna foi a escolha perfeita para reestabelecer o show do intervalo do Super Bowl. Não poupando investimentos em coreografias, figurinos e convidados, Madonna entregou hits e aclamação do público e da crítica, mesmo tendo um pequeno problema com os conservadores que criticaram muito o fato da cantora M.I.A mostrar o dedo do meio para as câmeras.
Black Eyed Peas – 2011
O show do intervalo do Super Bowl de 2011, teve o grupo The Black Eyed Peas foi o responsável por abrir novamente as portas da música pop, após os acontecimentos de 2004, o halftime show ficou meio que em modo repaginar. Como o Black Eyed Peas transita bem entre o pop e hip e hop e R&B, acabou sendo uma transição suave para a retomada das grandes apresentações com pirotecnia e trocas de figurinos.
Maroon 5 feat. Travis Scott & Big Boi – 2019
Todas as vezes que o rock entrou na lista de estilos que se apresentaram no halftime show do Super Bowl foi para tornar o evento uma coisa mais “masculina” e “familiar”. Com o Maroon 5 não foi diferente, a banda apresentou em 2019, seus grandes hits e recebeu os artistas Travis Scott e Big Boi.
Beyoncé feat. Kelly Rowland e Michelle Williams – 2013
O show da rainha Beyoncé foi mais que desejado pelos fãs da artista ao redor do mundo, durante sua apresentação marcada por seus grandes hits da carreira solo, recebeu no palco suas amigas do grupo Destiny’s Child.
Lady Gaga – 2017
O show do intervalo de 2017, teve a apresentação de Lady Gaga. Mais patriota do que nunca, a garota italiana de Nova York, fechou o espaço aéreo do NRG Stadium Houston, no Texas, para um show de luzes com drones formando a bandeira americana ao som de “God Bless America“.
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