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“Pagú – Até Onde Chega a Sonda” solo de Martha Nowill reestreia no Teatro Vivo

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“Pagú – Até Onde Chega a Sonda” solo de Martha Nowill reestreia no Teatro Vivo
Solo “Pagú – Até Onde Chega a Sonda”, no Teatro Vivo, em São Paulo. Fotos: Divulgação/Rodrigo Chueri

Espetáculo baseado em manuscrito inédito de Pagú, autora homenageada da FLIP 2023, retorna aos palcos com direção de Elias Andreato e atuação emocionante de Martha Nowill.

Patrícia Galvão – Pagú, uma das figuras literárias mais emblemáticas da história brasileira, ganha vida novamente nos palcos com a reestreia de Pagú – Até Onde Chega a Sonda.

O espetáculo, dirigido por Elias Andreato e com dramaturgia assinada por Martha Nowill, mergulha no universo de um manuscrito inédito deixado por Pagú, enriquecendo ainda mais a narrativa única dessa mulher multifacetada.

A primeira apresentação encantou o público no final de 2022 no Sesc Pompeia, esgotando sessões e conquistando aplausos fervorosos. O sucesso foi tão grande que uma segunda temporada ocorreu no Teatro Eva Herz.

Agora, o espetáculo está de volta aos palcos do Teatro Vivo, prometendo envolver os espectadores em uma experiência emocionalmente profunda todas as quartas-feiras às 20h.

Solo “Pagú – Até Onde Chega a Sonda”, no Teatro Vivo, em São Paulo. Fotos: Divulgação/Rodrigo Chueri

Solo Pagú – Até Onde Chega a Sonda

A trama do solo Pagú – Até Onde Chega a Sonda encontra suas raízes em um manuscrito até então desconhecido, escrito pela renomada autora, feminista e ativista Patrícia Rehder Galvão, mais conhecida como Pagú.

Este manuscrito, descoberto por Martha Nowill em uma colaboração fortuita com o colecionador de arte Rafael Moraes, foi redigido por Pagú durante sua detenção em 1939, um período tumultuado sob a ditadura de Getúlio Vargas.

A ideia de transformar esse manuscrito, que transpira densidade, poesia e uma narrativa pouco convencional, em uma peça de teatro, inicialmente desafiou Martha Nowill. Porém, em parceria com a produtora Dani Angelotti, ela embarcou em uma jornada criativa para dar vida a essa história incrível.

Como subtrair desta avalanche que é o meu mundo, algo coerente, direitinho, com sequência. As ideias me escapam, escorrem dos meus dedos, elas ultrapassam a própria capacidade. Tudo é tão rápido que deve haver coincidência no tempo ou não deve haver tempo. No mesmo instante penso de diversas formas e sinto de diversos modos.” Trecho do manuscrito original de Pagú.

Com a colaboração da atriz Isabel Teixeira, Martha desenvolveu uma abordagem inovadora, entrelaçando os relatos de Pagú com os seus próprios, como mãe de gêmeos nascidos durante a pandemia.

O resultado é uma dramaturgia única, costurando trechos do manuscrito original de Pagú com experiências pessoais, um encontro de almas separadas por décadas.

Equipe Criativa

Elias Andreato, reconhecido por suas habilidades na direção de espetáculos solos, moldou a encenação com carinho e cuidado.

No palco, Martha Nowill e Pagú coexistem, fundindo seus universos femininos. Elas compartilham suas lutas e conquistas, discutindo temas essenciais como machismo, maternidade e feminismo, explorando angústias, alegrias e processos criativos.

A perspicácia de Martha permite que ela ofereça uma análise ampliada dos eventos cotidianos, lançando uma nova luz sobre as vidas não só dela e de Pagú, mas de todas as mulheres.

Com toques de humor e autoironia, a peça se desdobra como uma celebração da resiliência feminina ao longo do tempo.

É muito ruim, depois que eu fui mãe, eu esqueço. Eu leio as coisas e esqueço. Eu leio, eu entendo. Falo: nossa, que legal isso, que coisa importante que eu acabei de ler. Depois eu esqueço. Eu queria que minha vida tivesse aquele previously das séries, que algumas têm, sabe? Que toda vez que você vai começar um novo capítulo, ele te dá um mini resumo de tudo o que aconteceu antes? Eu estou precisando de um previously porque, nossa, eu não lembro de nada.” Trecho da dramaturgia escrito por Martha.

Um pouco da história de Pagú

Patrícia Rehder Galvão, carinhosamente conhecida como Pagú, transcende as barreiras do tempo com sua notável história. Nascida em 1910, Pagú deixou uma marca indelével como escritora, jornalista, produtora cultural e militante política.

Ela desafiou as normas de sua época, vivendo de acordo com sua própria vontade e causando escândalos ao fumar em público, usar roupas pouco convencionais e falar sua mente.

Desde colaborar com o “Brás Jornal” sob o pseudônimo de Patsy aos vínculos com figuras proeminentes como Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, sua jornada foi repleta de coragem.

Ela enfrentou a prisão política, o exílio, o ativismo partidário e até mesmo o desafio de ser mãe solteira.

Solo “Pagú – Até Onde Chega a Sonda”, no Teatro Vivo, em São Paulo. Fotos: Divulgação/Rodrigo Chueri

Serviço

PAGÚ – Até Onde Chega a Sonda
Teatro Vivo | Av. Chucri Zaidan, 2460 – São Paulo
Temporada: 23 de agosto a 4 de outubro de 2023
Sessões: Às Quartas-feiras, às 20h
Ingressos: A partir de R$30 (meia-entrada) | Classificação: 12 anos
Duração: 80 minutos.

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