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OPINIÃO

A greve que faltava para o Brasil acordar

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A greve que faltava para o Brasil acordar
Na última sexta-feira (18) os caminhoneiros anunciaram uma greve geral a partir da segunda-feira (21). Afirmando que tentam negociar desde outubro de 2017 com o governo uma redução a zero na carga tributária sobre o diesel (PIS/Cofins).
 
Nas redes sociais os “especialistas” em transportes e minas e energia, alegam uma farsa nessa greve afirmando que os caminhoneiros foram financiados pelos donos de frotas.
 
No dia 20 foi movida uma ação pela Advocacia geral da união e a justiça proibiu o bloqueio total das rodovias federais.
 
Na segunda-feira (21) foram registrados os primeiros bloqueios totais e parciais nas estadas de 21 estados da federação.
 
Daí pra frentes os primeiros sinais das manifestações foram sentidos com os postos vendendo gasolina por até R$7,99 o litro, como foi registado em um posto aqui na região central de São Paulo.
 
O caos instaurado por falta de combustível, ônibus com horário reduzido para tentar atender a demanda da população sem perder dinheiro. Os transportes escolares resolvem fazer uma manifestação na avenida Paulista no dia 25 e ainda uma ameaça de repressão por parte do governo ilegítimo. Que com apoio do supremo – sim, aquele mesmo que o Juca avisou que faria parte do acordo nacional – liberou o exército brasileiro para “colocar ordem” nessa greve que “foi longe demais”. Vale lembrar que esse exército que vai “colocar ordem” é o mesmo que está nas favelas do Rio De Janeiro a mais de um ano e a criminalidade em nada diminuiu.
Uma imprensa totalmente vendida e imparcial coloca pânico na população dizendo que logo faltará alimentos e que as cargas estão sendo desperdiçadas com a paralisação.
Resumindo:  Uma greve apoiada por donos de frotas que foi aderida por caminhoneiros autônomos, foge do controle do governo – golpista – que ameaça com o apoio do supremo – aquele do Juca – colocar o exército para liberar as estradas. Os caminhoneiros já avisaram que caso o exército interfira eles irão abandonar os caminhos e esperar que o exercito reboque mais de 200 veículos nos bloqueios.
 
Recentemente a CUT (Central Única Dos Trabalhadores), emitiu uma nota de apoio a grave e logo foi muito criticada pela “esquerda” que alega que toda essa greve foi implantada pela “Direita”.
 
É muito valido dizer que esse seria o momento ideal para a população que gosta de ser dividida entre “direita” e “esquerda” se unirem e pedirem redução no número de deputados federais, estaduais e senadores, eleições diretas, limpas e o fim do foro privilegiado, mas em um país onde a política partidária conseguiu desunir o povo, seria demais pedir uma comunicação sem apelidos como “Coxinhas” e “Petralhas”. Enquanto isso o povo segue pagando o alto preço – e coloca alto nisso – graças ao golpe de 2016.
 
No ar fica aquela pergunta: E agora José?
 
Nossa amada pátria que tanto temia ser uma Venezuela, não está muito longe disso. Só existe uma saída para o Brasil como democracia: Unir o povo!
 
 
Não existe democracia de cima para baixo, a base da democracia é a soberania do povo, que desde de 2016 não é respeitada. Todas as medidas de um governo sem voto popular são autoritárias! Cobrem imparcialidade dos jornais. A imprensa deve servir aos governados e não aos governantes. 
 
 
Por: Diorman Werneck
Fotos: Agência Brasil/Shutterstock/Marcelo Camargo/ Abr

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