A versão musicada e premiada de O Bem Amado, clássico de Dias Gomes, está de volta aos palcos. Com músicas compostas por Zeca Baleiro e Newton Moreno, o espetáculo dirigido por Ricardo Grasson voltou ao Teatro FAAP no último dia 3 de junho, encantar o público com sua comédia satírica e elenco talentoso.
Índice
O Bem Amado Musicado celebra os 100 anos de Dias Gomes
Criado em homenagem aos 100 anos do renomado autor baiano Dias Gomes, O Bem Amado Musicado conquistou o público e a crítica desde sua estreia no ano passado.
Agora, com direção de Ricardo Grasson, o espetáculo retorna aos palcos para mais uma temporada no Teatro FAAP.
O enredo de O Bem Amado e sua relevância atemporal
Escrita em 1962, “Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte” é considerada uma obra clássica do teatro moderno brasileiro.
O enredo satiriza o cotidiano de Sucupira, uma cidade fictícia no litoral baiano, e aborda temas como a política, os costumes moralistas e a relação entre poder e sociedade.
A adaptação da obra para a televisão na década de 1970 tornou-a ainda mais conhecida pelo público.
A visão do diretor e a escolha do elenco
Ricardo Grasson, diretor de O Bem Amado Musicado, destaca a importância do realismo fantástico brasileiro presente na obra de Dias Gomes. E busca uma encenação enraizada na cultura nordestina brasileira, com elementos visuais inspirados nos filmes de Federico Fellini e na xilogravura nordestina moderna.
No elenco, destacam-se nomes como Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes e Luciana Ramanzini, entre outros talentosos artistas.
Premiações e reconhecimento
O trabalho de Ricardo Grasson e sua equipe recebeu prestigiosos prêmios, como o Arcanjo de Cultura na categoria destaque em teatro e o Prêmio DID na categoria destaque em direção.
Essas conquistas são reflexo da qualidade e do talento envolvidos na produção do espetáculo.
A música como elemento dramatúrgico
A música desempenha um papel fundamental na adaptação de O Bem Amado. Com letras e músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno, o espetáculo incorpora elementos da cultura brasileira, trazendo referências cotidianas e místicas presentes nos personagens criados por Dias Gomes.
A direção musical e os arranjos ficam a cargo de Marco França, garantindo uma trilha sonora envolvente.
Músicos
- Dan Maia
- Bruno Menegatti
- Daniel Warschauer
- Roquildes Júnior
Elenco
- Cassio Scapin
- Eduardo Semerjian
- Paulo de Pontes
- Luciana Ramanzini
- Kátia Daher
- Lola Fanucchi
- Ando Camargo
- Magno Argolo
- Heitor Garcia
- Roquildes Júnior
Ficha Técnica
- Autor: Dias Gomes
- Direção: Ricardo Grasson
- Produção: Rodrigo Velloni
- Letras e Músicas: Zeca Baleiro e Newton Moreno
- Arranjos: Zeca Baleiro e Marco França
- Direção Musical e Música Original (Instrumental): Marco França
- Cenário: Chris Aizner
- Desenho de Luz: Cesar Pivetti
- Figurino: Fábio Namatame
- Direção de Movimento e Coreografia: Katia Barros e Tutu Morasi
- Designer Gráfico e ilustrações: Ricardo Cammarota
- Fotografia: Ronaldo Gutierrez
- Preparação Vocal: Marco França
- Visagismo: Alisson Rodrigues
- Adereços: Kleber Montanheiro
- Diretor Assistente: Pedro Arrais
- Designer de Som: Fernando Wada
- Direção de Palco: Jones de Souza
- Camareira: Luciana Galvão
- Contrarregra: Eduardo Portella
- Assistente de Luz e Operador: Rodrigo Pivetti
- Cenotécnico: Alicio Silva
- Produção Executiva: Swan Prado
- Assistente de Produção: Adriana Souza
Sinopse
O Bem-Amado, de Dias Gomes é uma comédia que satiriza o cotidiano de uma cidade fictícia no litoral baiano, o “bem-amado” em questão é o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu, candidato a prefeito de Sucupira, adorado pela maior parte da população.
Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, o político se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.
A grande questão para Odorico é que não morre ninguém para que o cemitério seja inaugurado. O prefeito resolve, então, lançar mão de todo tipo de artifício para não perder o apoio popular, até mesmo consentir a volta à cidade do terrível pistoleiro Zeca Diabo, com a total garantia de que ele não será preso.
Há a esperança de que ele mate alguém e lhe arranje um defunto. O prefeito só não imaginava que Zeca Diabo volta a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto, um homem de Deus!
No final da trama, é o próprio Odorico quem inaugura o cemitério, após ser morto com tiros por Zeca Diabo. Todos lamentavam-se. O prefeito Odorico tornou-se um mártir.
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O Bem Amado Musicado promete encantar o público com sua mistura única de comédia, crítica social e música.
O trabalho cuidadoso do diretor Ricardo Grasson e do elenco talentoso promete trazer à vida a cidade fictícia de Sucupira, transportando o público para um universo marcado pelo realismo fantástico e pelas nuances da cultura brasileira.
Serviço
O Bem Amado Musicado
Temporada: 3 de junho a 30 de julho.
Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Teatro FAAP – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo
Ingressos: R$80 (inteira), R$40 (meia-entrada)
Duração: 110 minutos
Classificação etária: 12 anos
Gênero: Comédia musicada
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
Fotos: Ronaldo Gutierrez
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