O anúncio oficial ainda não foi realizado, mas o governo estadual prometeu divulgar mais detalhes sobre a decisão em breve.
O governo do Estado de São Paulo informou que o valor da passagem do transporte público sobre trilhos, operado pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o aumento no valor passará para R$ 5,00 a partir de 1º de janeiro de 2024, segundo informações do Portal G1 apuradas com o Palácio dos Bandeirantes.
Por outro lado, os transportes sob comando da Prefeitura da cidade de São Paulo, manterá o valor das passagens de ônibus, o aumento no valor da tarifa será de R$ 0,60, Atualmente o valor dos transportes públicos é de R$ 4,40, rompendo um ciclo de 3 anos sem alterações no valor final.
O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas do partido Republicanos, avisou o aumento no mês passado, justificando a necessidade de equilibrar as contas do metrô, que encerrou 2022 com um prejuízo de R$ 1,16 bilhão e uma taxa de cobertura de 83%.
O volume de passageiros também diminuiu, registrando 794 milhões em 2022, em comparação com mais de 1 bilhão no ano anterior à pandemia.
O governo de Tarcísio enfrentou paralisações dos metroviários ao longo de 2023, tendo a última ocorrendo em 28 de novembro e contou com o apoio de outros diversos setores, como Metrô, CPTM, Sabesp, professores da rede pública e servidores da Fundação Casa, todos solicitando a suspensão de projetos de privatização.
“Estamos há muito tempo com a tarifa congelada, e precisamos fazer contas. Ou repassamos algo para a tarifa, ou continuamos com ela congelada aumentando o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, maior será o subsídio necessário”, disse o governador no final de novembro.
Enquanto o governador do estado justifica o aumento como uma medida necessária diante do cenário deficitário do metrô, o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB) aparentemente demonstra preocupação com os impactos políticos do aumento, já que a atual gestão do municipío quer manter o transporte coletivo sem aumento – vale lembrar que em 2024 teremos eleições municipais.
A informação do reajuste nas tarifas, divulgada pela TV Globo após apuração com a gestão estadual, aparentemente pegou não só a população de surpresa como também a prefeitura da cidade de São Paulo, que, por meio de comunicado, negou qualquer reajuste no transporte municipal.
“A atual gestão mantém o empenho em incentivar o transporte coletivo, responsável pela locomoção de 7 milhões de passageiros por dia, e que não sofreu reajuste nos últimos três anos”, afirmou em nota a Prefeitura.
O aumento na tarifa de trens e metrô por parte do Governo Estadual de SP, chegou na mesma semana que a Prefeitura da Cidade de São Paulo anunciou a implantação da tarifa zero nos ônibus municipais aos domingos, iniciativa que começa a partir do próximo dia 17 de dezembro.
A projeto chamado de Domingão Tarifa Zero busca entender os efeitos da gratuidade na passagem, uma vez que a iniciativa pode custar anualmente cerca de R$ 283 milhões com passagens aos domingos.
A gratuidade nos ônibus da cidade será estendida também para o Natal, Ano Novo e Aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro.
Por outro lado, o relatório da SPTrans, revela um aumento significativo nos subsídios para as empresas de ônibus, chegando a R$ 5,3 bilhões no último ano, representando um aumento de 50% em relação a 2021.
Os subsídios são contribuições financeiras ou de outra ordem, como isenção em impostos que os governos oferecem as empresa de ônibus com a finalidade de ajudar garantir a estabilidade do sistema de transporte, assim elas evitam a dependência exclusiva de arrecadação da tarifa e cobre custos relacionados a gratuidades, como idosos e estudantes.
Com informação do Estadão Conteúdo, confira a evolução da tarifa em São Paulo nos últimos anos.
Evolução do valor da tarifa nos últimos anos
- 2010 – R$ 2,70
- 2011 – R$ 3,00
- 2013 – R$ 3,20*
- 2015 – R$ 3,50
- 2016 – R$ 3,80
- 2018 – R$ 4,00
- 2019 – R$ 4,30
- 2020 – R$ 4,40
*O então prefeito Fernando Haddad (PT) e o então governador Geraldo Alckmin (PSDB) cancelaram o aumento para R$ 3,20 após os protestos de junho
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