Por: Raul Nunes
O estado do Maranhão é uma terra imensurável em seus mistérios. A música da cultura popular nordestina é uma característica necessária, e quase onipresente nesta compreensão. Desmistificar a sonoridade maranhense, é abranger a ancestralidade de toda a história do povo brasileiro. Assim como o ecoar do acadêmico cantor, Daniel Montelles, que carrega consigo a música africana.
Nascido em São Luís do Maranhão, sua encanteira musical começou em um palco, na igreja, aos 17 anos. Dono de uma voz única, naquele período, a poesia escrita levou Montelles para outras águas. Com alguns projetos literários na sua cidade, a visibilidade e reconhecimento do cenário artístico foi notório.
Na junção da militância e a conexão com os terreiros de mina e de candomblé, Daniel Montelles começou a compreender a sua missão no cenário cultural, antes mesmo de assumir seus ofícios. Foi na casa da avó, onde suas inspirações nasceram e ganharam forma com o livro, Máquinas de Maria. Mas, foi no âmago dos palcos de Curitiba que o artista escolheu para desaguar sua palavra e fé cantada.
É desse trânsito territorial, suas inspirações poéticas e musicais na identidade do nosso povo, da música popular, da literatura, dos terreiros de mina aos de candomblé, que o artista-intérprete traz para os palcos do Brasil, recentemente Daniel lançou o seu primeiro EP intitulado IMENSIDÃO, trazendo consigo uma nova fase, renascimento musical.
O repertório foi selecionado com cuidado pelo artista nordestino que carrega em sua voz a identidade negra africana que, conforme conta, são elementos que mudaram sua vida como um todo.
O artista desembarca no próximo final de semana em São Paulo para participar do Festival Diversicon que acontece nos dias 09,10 e 11 de abril.
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