Outro dia enquanto passeava pelo Tik Tok, apenas me atualizando sobre o que a nova geração está consumindo, – claro, do meu jeitinho, como tudo na minha vida – estava fazendo minha pesquisa de campo, gosto de ver com meus próprios olhos e enquanto deslizava a tela por toda aquela infinidade informações – também conhecido como “feed” – parei para assistir aproximadamente 20 segundos sobre um livro que logo depois apareceu mais de 10 vezes como sugestão de compra em diversas lojas, até que o download do livro foi finalizado na minha biblioteca Kindle.
Essa história poderia ser muito mais curta, mas vou me atrever a visitar a memória dos maiores de 30 anos.
Antes do mundo todo ser conectado, antes da dominação mundial do Kindle e todas essas tecnologias, existiam coleções de livros que eram classificados por nomes femininos, vou exemplificar:
Coleção Margarida… Coleção Jéssica, Júlia, SABRINA… Alguns títulos com nomes bizarros como: “Amor Pagão”, “Força e Desejo” ou algo como “Imagem do Paraíso”.
Nesses romances, a protagonista sempre é uma moça delicada, muito destemida e corajosa até que está de frente ao grande amor da sua vida, na maior parte das histórias, um homem branco, de cabelos com caimento perfeito e um toque muito sedoso.
Agora, vamos pular para os romances dos anos dois mil, quando chega a era do “Crepúsculo” e “Cinquenta Tons de Cinza”.
No “Crepúsculo” pouca coisa muda na história; Bella é corajosa, destemida até estar de frente ao seu grande amor Edward, mas se sente extremamente segura ao lado de Jacob.
Os livros “50 Tons de Cinza” são um universo à parte, onde ele é basicamente um manual do que fazer na cama quando estiver com Edward ou Jacob ou dos héteros fortes e corajosos dos anos 90.
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Antes de falar sobre uma obra é importante ter consciência se somos ou não o público alvo daquele projeto – vou falar isso sempre que escrever sobre algum trabalho ou autor – e ciente disso comecei a ler o primeiro volume da série “Desejo: Dê uma mordida”.
Minha primeira impressão foi a fluidez do texto, que particularmente não achei de fácil leitura, já a autora foi extremamente detalhista em todos os sentimentos da protagonista “Grace”, que se misturam aos milhares de acontecimentos que envolvem a trama e seus personagens secundários. Isso sem falar nos longos diálogos que poderiam ter economizado muitas árvores e energia Kindle.
A perda de seus pais aos 17 anos, obriga Grace a se mudar para o “Alasca”, uma das regiões mais geladas dos Estados Unidos, para viver com seu tio e sua prima em um colégio interno onde ele é o diretor.
Mantendo a mesma linha de personalidade que Bella em “Crepúsculo“, em “Desejo: Dê uma mordida”, Grace é frágil, mas corajosa, porém toda vez que encontra com o misterioso Jaxon, se sente paralisada de amor e completamente indecisa sobre seus sentimentos sobre os garotos da colégio e o luto por seus país.
Essa não é uma história que todo mundo lê enganado, tudo é óbvio, tudo deixa muito claro o que vai acontecer e como as sequências dos fatos vão se apresentando ao leitor.
É tudo tão previsível que até o texto cita histórias como “Harry Potter” e até mesmo a “Saga Crepúsculo”, chegando a usar disso como uma saída para fugir da falta de história e desenvolvimento dos personagens que tem um amplo campo para a autora “viajar nas ideias”.
Entre lobisomens, vampiros, bruxas, dragões, feiticeiros e humanos faltou história, os longos primeiros capítulos são completamente envolta da trágica vida de “Grace”, talvez o texto tenha pecado no excesso de uns e falta de outros; mesmo se tratando de um livro que abre o universo para os demais volumes da série, se não tiver boa vontade da parte do leitor, dificilmente ele lerá o volume 2 (Paixão).
O segundo livro da “Saga Crave”, já está disponível no Brasil, mas ainda não esbarrei com ele nos dias em que as minhas entidades gastadeiras chegam, então vou aguardar cenas dos próximos episódios.
Nada é tão determinante que eu não possa voltar aqui, qualquer outro dia e escrever tudo completamente diferente, afinal toda a série de livros escritos por Tracy Wolff ainda não chegou ao Brasil em português e tem livros que ainda nem foram lançados em inglês, ou seja, muita água – ou sangue – podem correr por aí.
Se você não é fã dessa narrativa mais voltada para o estilo literário Jovens/Adultos (Young Adult), não diga que não avisei, mas se você assim como eu adora um romance/ficção com uma mistura de fantasia, se joga e aproveita que a diversão é certa.
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