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Os 10 melhores livros de 2024: A literatura que dominou o ano

Conheça nossa seleção com os 10 livros que mais conquistaram os leitores e críticos durante o ano. Confira.

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Os 10 melhores livros de 2024: A literatura que dominou o ano

O ano de 2024 não foi marcado apenas pelos grandes sucessos do cinema ou da música. A literatura também ocupou um papel central, transformando-se em um fenômeno cultural que alcançou novos públicos, especialmente os jovens, impulsionados pelas tendências vindas de booktubers e booktokers. Livros não foram apenas lidos, mas discutidos, compartilhados e celebrados como nunca antes.

As páginas deste ano revelaram histórias que nos emocionaram, intrigaram e nos desafiaram a refletir sobre o mundo e a nossa posição nele. Da prosa lírica de Chico Buarque ao rigor analítico de Lilia Moritz Schwarcz, passando pelo humor afiado de Odorico Leal e pela introspecção de Paul Auster, 2024 trouxe obras que não apenas dialogam com questões contemporâneas, mas também celebram a riqueza e a diversidade da literatura.

Nesta lista especial, reunimos os 10 melhores livros de 2024, que abrangem gêneros diversos e vozes literárias marcantes. Cada um deles nos transporta para outros tempos e lugares, confronta a realidade ou simplesmente nos oferece momentos de beleza e contemplação. Prepare-se para explorar uma seleção que reflete a pluralidade do nosso tempo e promete deixar marcas profundas no imaginário coletivo.

10 livros que marcaram o ano de 2024


Bambino a Roma – Chico Buarque (Companhia das Letras)

Chico Buarque ambienta seu novo romance na Roma de 1953-4, mais especificamente na Via San Marino, 12. No primeiro andar de um prédio baixo e amarelo, um menino traça rotas no mapa-múndi que cobre a parede do quarto. É o ponto de partida para uma narrativa marcada pelas primeiras manifestações do desejo; as partidas no gol a gol com o filho do quitandeiro, a escola e suas fugas; cartas, bilhetes e romance. Uma prosa recheada de cheiros e sabores.

Amanhã tardará – Pedro Jucá (Tusquets)

O romance de estreia do escritor cearense acompanha a volta de Marcelo à casa da infância – vivendo nos Estados Unidos, ele se vê obrigado a retornar a Ourives com o pai à iminência da morte. O incômodo está em todos os planos: voltar ao vilarejo que esperava se tornar apenas um ponto no mapa, reencontrar o pai em situação de extrema fragilidade e também a irmã, de quem vivia apartado e não esperava rever tão cedo. A escrita precisa, calculada, sem digressões ou barroquismo do jovem autor permite que a história, com sua sucessão de fatos, salte para o primeiro plano. Com isso, o texto conduz o leitor, sem se interpor entre ele e a história. 

Vento Vazio – Marcela Dantés (Companhia das Letras)

Quatro moradores atormentados por suas histórias vivem na Quina da Capivara, onde ninguém está imune ao vento vazio, penetrante e enlouquecedor. A forma como essas vozes protagonizam a história, e como elas se conduzem, e ainda os aspectos da construção textual da narrativa, fazem com que autora se revele mais segura e madura na experimentação da linguagem, mostrando maior cuidado com as palavras e menor preocupação em dar muitas respostas ou se contradizer.



Nostalgias canibais – Odorico Leal (Âyiné)

Um livro de contos originais e surpreendentes: dois gatos tecem críticas à trajetória da dona e especulam sobre o futuro, dentro de um apartamento do qual provavelmente serão despejados. Um rapaz em crise com a própria feiura lê Umberto Eco e estuda para um concurso em Fortaleza. Uma jornalista entrevista um escritor amargurado para entender os Getulinhos, novo fenômeno político do país. Em seu livro de estreia, Odorico Leal usa o humor com inteligência para tratar de temas sensíveis, em diálogo com a sátira e o farsesco.

Imagens da branquitude – Lilia Moritz Schwarcz (Companhia das Letras)

Depois de uma pesquisa apurada, Lilia Moritz Schwarcz analisa o fenômeno social e cultural da branquitude a partir de suas manifestações simbólicas e iconográficas. Ela analisa uma iconografia múltipla, do século XVI ao presente, passando por mapas, monumentos públicos, fotografias, publicidade, e, a partir do exame detido desses testemunhos, identifica como são atravessados por práticas racistas, buscando “desnaturalizar” essas concepções.

Chupim – Itamar Vieira Júnior (Baião, selo da editora Todavia)

Em sua estreia na literatura para as infâncias, o premiado escritor baiano mostra a surpresa de Julim, menino que, na sua primeira visita nos campos de arroz, acha estranho que as crianças da região espantam os chupins, uma espécie de passarinho. Com uma prosa marcada pelo lirismo, Itamar descreve a vida do trabalho no campo, contrapondo as perspectivas infantil e adulta sobre o mesmo universo.


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De onde eles vêm – Jeferson Tenório (Companhia das Letras)

A história se passa em Porto Alegre, por volta dos anos 2000. Órfão, obrigado a cuidar da avó doente, desempregado e sem dinheiro, Joaquim busca a todo custo manter seu amor pelos livros e pela literatura. Um dos primeiros cotistas na universidade brasileira, ele se descobre em meio a um ambiente hostil, o que estimula seu despertar racial. Como uma prosa precisa e sem rodeios que marca sua escrita, Jeferson Tenório criou uma obra fundamental para entender o que é ser negro no Brasil atual

Baumgartner – Paul Auster (Companhia das Letras)

Em seu último romance, Auster, que morreu em abril de 2024, apresenta Sy Baumgartner, um professor de filosofia às vésperas da aposentadoria. Sua vida é definida pelo profundo amor pela esposa, morta há quase uma década num acidente no mar. A narrativa começa nos anos 1960, quando os dois personagens se conhecem, e detalha esse relacionamento construído ao longo de quarenta anos. Uma vez mais, Auster explora os mistérios e complexidades da alma humana.

De quatro – Miranda July (Amarcord, selo do Grupo Editorial Record)

Com uma narrativa intimista que narra o cotidiano insólito de uma mulher de 45 anos, com delicadeza, erotismo e humor, a escritora e cineasta americana narra a aventura de uma artista quase famosa que, às vésperas do seu aniversário de 46 anos, decide cruzar os Estados Unidos de carro, de Los Angeles a Nova York, em uma viagem que mudaria sua vida para sempre. O resultado é um romance marcado por uma narrativa tragicômica sobre crescer depois dos quarenta anos, marcado pelo insólito e por uma honestidade brutal.


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Cachorros: A história do maior espião dos serviços secretos militares e a repressão aos comunistas até a Nova República – Marcelo Godoy (Alameda)

O livro descreve a saga do agente Vinícius, nome de guerra de Severino   Deodoro de Mello, militante histórico do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que se tornou o mais importante espião cooptado pela inteligência militar nos anos de chumbo. Mello contribuiu para dezenas de sequestros, mortes, prisões e desaparecimentos que ajudaram a neutralizar o PCB nos anos 1970. Com pesquisa demorada e rigorosa, Godoy mostra como os militares pretendiam controlar o processo de abertura democrática sem a ameaça de um partido comunista organizado.


Em 2024, a literatura brilhou com histórias que emocionaram, intrigaram e refletiram sobre o mundo atual. De Bambino a Roma, de Chico Buarque, a De Onde Eles Vêm, de Jeferson Tenório, conheça nossa seleção com os 10 livros mais que conquistaram leitores e críticos com suas narrativas. Descubra essas obras indispensáveis!

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