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Remédios para sono e ansiedade matam mais que cocaína, diz pesquisa

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Remédios para sono e ansiedade matam mais que cocaína, diz pesquisa

A conclusão de duas pesquisas publicadas no American Journal of Public Health, mostra que o uso sem controle de remédios para tratamento de crises de ansiedade e distúrbios do sono – como Rivotril, Valium, Xanax e Ativan – causam risco de morte maior do que o uso de drogas como cocaína e heroína.

O componente benzodiazepina (BZD) em especial é o maior responsável pelos efeitos colaterais do uso sem prescrição dos medicamentos.

A pesquisa realizada na Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, feita com 2.802 participantes usuários de remédios que contêm a substância benzodiazepina, entre 1996 e 2013.

Mostram que o uso excessivo das drogas com essa substância aumentam em quase duas vezes o risco de morte.

Do número total de participantes, 527 (18,8%) morrem, mesmo isolando fatores que poderiam aumentar os riscos, como o uso de drogas ilícitas, o índice ainda é alto.

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Os participantes foram entrevistados semestralmente durante uma duração média de pouco mais de cinco anos e meio cada. Ao final do estudo, 527 (18,8%) dos participantes haviam morrido.

Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade era 1,86 vezes maior entre os usuários de drogas que usavam BZD, em comparação com aqueles que não usavam.

Um segundo estudo realizado em um grupo menor dentro do mesmo grupo examinou a ligação entre o uso de BZD e a infecção por hepatite C (HCV).

Dos 440 indivíduos negativos para o HCV que participaram do estudo, 158 relataram uso prescrito ou ilícito de BZD, e 142 participantes contraíram o HCV durante o curso do estudo.

O estudo constatou que o BZD estava associado a uma maior taxa de infecção pelo HCV: as taxas de infecção eram 1,67 vezes maiores entre os participantes do estudo que usavam o BZD, em comparação com aqueles que não usavam.

Keith Ahamad, médico clínico, cientista do departamento dependências no Hospital St. Paul, alertou para o uso e prescrição dos medicamentos com a substância.

“Existem riscos com esses medicamentos e precisamos ter muito, muito cuidado com a forma como os prescrevemos… Esses estudos realmente revelam o quão perigosos são esses medicamentos e devem ser usados ​​com muita cautela”, disse Kerr. 

“Não podemos focar apenas nos opioides, precisamos procurar outros medicamentos usados ​​em combinação”. Finalizou Keith Ahamad, médico clínico, cientista do departamento dependências no Hospital St. Paul.

Foto: Joe O’connal/Imprensa Canadense

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