Conheça a jornada de Dua Lipa em sua ascensão da internet ao estrelato pop
A imagem de Dua Lipa como “apenas mais uma estrela pop” já não cabe há tempos. Aos 30 anos, a artista britânica de origem kosovar vem consolidando um império cultural que ultrapassa o palco e os streamings.
Conectando música, moda, ativismo e negócios com autenticidade radical.
Mais do que cantar ou performar, Dua empreende, cria, conecta e redefine o que significa ser uma artista global no século XXI.
Por trás dos vocais marcantes e premiações acumuladas, há uma história potente de migração, coragem e reinvenção.
Entre Londres e Kosovo: As raízes e identidade de Dua Lipa
Nascida em 22 de agosto de 1995, em Londres, Dua Lipa é filha de imigrantes albaneses-kosovares que deixaram Pristina nos anos 1990, em meio à instabilidade política da ex-Iugoslávia.
Seu pai, Dukagjin Lipa, foi músico de rock; a mãe, Anesa, analista de turismo. Ambos estimularam o interesse artístico da filha e aos 13 anos, mudou-se com a família para Pristina, capital do Kosovo recém-independente.
Mas, aos 15, decidiu voltar sozinha a Londres para investir na música. Um ato de ousadia que revelou cedo sua ambição, disciplina e visão de futuro.
Como tantos artistas da geração digital, Dua começou publicando covers no YouTube e SoundCloud, interpretando músicas de Christina Aguilera, Pink e Nelly Furtado — vozes que influenciaram sua identidade artística.
Seu primeiro sucesso veio com o single “Be The One” (2015), que chamou a atenção dos executivos da Warner Records, e lhe rendeu um contrato e a oportunidade de mergulhar de vez na cena pop britânica.
Seu estilo era claro: batidas eletrônicas, voz grave e letras sobre independência e poder feminino.
O álbum de estreia: “Dua Lipa” e suas novas regras do pop
O álbum homônimo, lançado em 2017, foi um divisor de águas. Com hits como “New Rules”, “IDGAF” e “Hotter Than Hell”, Dua se tornou um nome dominante nas paradas e viralizou com videoclipes coreografados e mensagens de empoderamento.
A proposta era clara: unir o pop eletrônico moderno com letras diretas, confessionais e afiadas, especialmente sobre relacionamentos, autoestima e independência emocional.
Foi nesse momento que o mundo começou a enxergar a força criativa por trás do nome.
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Dançando no caos: “Future Nostalgia”
Lançado em março de 2020, no auge da pandemia, “Future Nostalgia” não foi apenas um álbum, mas sim um antídoto sonoro para tempos difíceis.
Inspirado na disco music dos anos 70 e 80, o disco apresentou faixas como “Don’t Start Now”, “Physical” e o mega hit “Levitating”, que permaneceu por mais de um ano entre as músicas mais ouvidas do mundo.
O álbum lhe rendeu seis indicações ao Grammy, incluindo a vitória como Melhor Álbum Pop Vocal. Também garantiu sua presença nos maiores festivais do mundo, como Glastonbury e Lollapalooza, e parcerias com nomes como Elton John e Madonna.
Foto: Divulgação | Edição: Agência CSP
A moda como extensão da voz
Dua Lipa não é apenas uma referência musical, é também um ícone de estilo. Sua mistura única de referências Y2K, a moda como extensão do som e alta costura, deram a cantora destaque nas capas das revistas Vogue, Elle, Dazed.
Em 2023, tornou-se embaixadora da Versace, com quem também lançou uma coleção colaborativa. Sua estética camaleônica é mais do que vaidade.
É parte da construção bem pensada de sua marca pessoal, que alia performance visual, nostalgia, contemporaneidade e futurismo.
Expandindo sua atuação além da música e moda, Dua criou o projeto editorial “Service95” um boletim informativo que mistura jornalismo independente, lifestyle e ativismo.
A proposta é amplificar vozes de diferentes partes do mundo e oferecer um espaço curado de recomendações culturais e debates sociais.
O projeto também ganhou um podcast, o “Dua Lipa: At Your Service”, entrevistando personalidades da música, moda, literatura e política. Incluindo Edward Enninful, Greta Gerwig e Billie Eilish.
O amadurecimento artístico e introspecção de“Radical Optimism”
Em 2024, chegou seu terceiro álbum de estúdio: “Radical Optimism”, que marcou uma nova fase criativa. Com uma sonoridade mais introspectiva, o disco une pop contemporâneo com rock alternativo, baladas minimalistas e psicodelia leve.
A crítica destacou a maturidade lírica do projeto e a disposição da cantora de arriscar caminhos menos óbvios, reafirmando sua inquietação artística. A turnê do álbum começou na Austrália, em março de 2025.
Em 2023, Dua fez sua estreia nas telonas interpretando a Mermaid Barbie no filme “Barbie”, de Greta Gerwig. Sendo o filme uma das maiores bilheterias da história.
Além de atuar, também participou da trilha sonora do longa, consolidando sua versatilidade.
A incursão no cinema amplia seu repertório artístico e seu alcance midiático, evidenciando a expansão de seu “império pop” para além da música.
Dua Lipa e o pop com propósito: ativismo, política e ancestralidade
Frequentemente Dua Lipa se posiciona em temas como migração e xenofobia, direitos LGBTQIA+, equidade de gênero e orgulho de sua herança albanesa.
Seus discursos e ações públicas mostram uma artista comprometida com causas sociais, sem abrir mão do entretenimento.
Essa postura a distancia da superficialidade muitas vezes atribuída ao pop e a conecta com uma geração de fãs que exige consciência e representatividade.
Foto: Divulgação | Edição: Agência CSP
Dua Lipa no Brasil: datas da turnê e expectativa
Com a Radical Optimism Tour, Dua Lipa se apresenta em solo brasileiro nos dias 15 de novembro de 2025 no Estádio do Morumbi (São Paulo) e 22 de novembro de 2025 no Estádio Nilton Santos (Rio de Janeiro).
A expectativa é de shows grandiosos, com estética impactante, repertório consagrado e o mesmo magnetismo que vem encantando plateias ao redor do mundo.
A nova cara do pop global
Dua Lipa representa uma geração de artistas que não se limita ao palco. Ela traduz um novo tipo de estrela: multiplataforma, engajada, estrategista e autêntica.
Ao celebrar suas raízes e ao mesmo tempo incorporar o cosmopolitismo londrino, ela simboliza uma identidade pop fluida, híbrida e conectada com o mundo.
E você, vai ao show da Dua Lipa? Conta pra gente nos comentários qual música não pode faltar na setlist brasileira!
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