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TEATRO

Cia Voo de Teatro estreia o espetáculo “O Santo Milagroso”, no Teatro Arthur Azevedo.

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Cia Voo de Teatro estreia o espetáculo “O Santo Milagroso”, no Teatro Arthur Azevedo.

Com direção e adaptação de Tom Rezende, inspirado na obra homônima de Lauro César Muniz, escrita em 1963. A comédia “O Santo Milagroso“, ganha uma nova montagem na cidade de São Paulo, no Teatro Arthur Azevedo, até o dia 12 de fevereiro.

A Cia Voo de Teatro apresenta sua nova montagem, o espetáculo “O Santo Milagroso“, no Teatro Arthur Azevedo, em São Paulo. Com sessões as sextas e sábados às 21h e aos domingos às 19h.

A companhia responsável pelo sucesso de crítica, público e prêmios em suas temporadas de sua montagem do clássico de Aristófanes “Lisístrata: O voo das andorinhas“, agora embarca na obra do grande escritor brasileiro Lauro César Muniz, autor de diversas obras de sucesso na literatura e teledramaturgia.

A peça “O Santo Milagroso” é baseada no livro e ganhou sua primeira encenação em 1963, posteriormente sendo adaptada para os cinemas em 1966. Essa até então, foi o maior sucesso do escritor que também escreveu grandes títulos de telenovelas para a televisão brasileira com: Carinhoso (TV Globo – 1976), Um Sonho a Mais (TV Globo – 1985), Roda de Fogo (TV Globo – 1986) e Poder Paralelo (TV Record – 2012).

O sucesso da peça de teatro “O Santo Milagroso” foi tão grande que a obra ficou conhecida como a “Romeu e Julieta interiorana”, e agora, finalmente as novas gerações ver essa história viva nos palcos.

Cia. Voo em “O Santo Milagroso” | Foto: Douglas Piton Photo

Sinopse da peça “O Santo Milagroso”:

Em um lugar real-irreal, em que a população está dividida entre católicos e protestantes, padre e pastor – rivais na liderança espiritual da cidade – se unem para “capitalizar” o suposto milagre de uma estátua inexistente.

Sobre a obra:

A história do clássico “O Santo Milagroso“, gira em torno da relação do Padre José e o Pastor Camilo que com uma relação amigável, respeitosa e muito competitiva, disputam a liderança religiosa/espiritual da cidade do interior, bastante religiosa e apegada as tradições.

Os rumos dessa relação começa a mudar quando Terezinha, a irmã do pastor, desperta um amor pelo sacristão e assume estar namorando escondido – assim como no clássico de William Shakespeare – sem saber que o pastor — seu irmão — presencia a confissão.

Não gostando da novidade, o Pastor Camilo, escondido atrás dos santos cobertos no altar, aproveita da “posição” para sugestionar que o “santo” não aprovou o romance.

Cia. Voo em “O Santo Milagroso” | Foto: Carlinha Corrêa

O padre e o pastor resolvem suas diferenças com secretas, divertidas e competitivas partidas de xadrez na sacristia da igreja, enquanto os fiéis passarão a quinta-feira santa velando o “Senhor Morto“.

As partes acabam se unindo para evitar o romance do casal e involuntariamente, o pastor Camilo se tornar uma espécie de “santo que fala“.

A imprensa noticia, as notícias se espalham e crescem as romarias para conhecer o tal “Santo Milagroso“, os negociantes aproveitam para lucrar, e o chefão político da cidade usa a situação para aumentar seu caixa eleitoral. Até que, na sexta-feira santa, o bispo chega à cidade…

Porém, o que não estava nos planos é que visitas inesperadas obrigassem o pastor a disfarçar-
se de santo, escondendo-se atrás do sudário que cobre as imagens na época da quaresma.

A notícia do “milagre” espalha-se rapidamente e a partir daí, todos se aproveitam para tirar alguma vantagem da nova “imagem milagrosa” da cidade.

O espetáculo já em sua pré-estreia, conquistou o Prêmio de Melhor Espetáculo pelo Júri Popular do XVI Festival Nacional de Teatro de Limeira.

Novas Adaptações

Para Tom Rezende, diretor que também assina a adaptação reforça a importância da montagem da peça “O Santo Milagroso”, fazendo um paralelo com o período em que abra foi escrita:

“Polarização, rivalidade entre os lados, se em “O Santo Milagroso” a gente tem protestantes contra católicos, no Brasil de 2023, tem ‘direita’ contra ‘esquerda’, fiéis fanáticos contra os poderes, com a diferença que em 2023 a gente tem tudo isso mais violento, ou a mesma violência de uma ditadura militar, mas acontecendo de uma outra forma.

Então, “O Santo Milagroso” diz exatamente o Brasil que é hoje, acho que Lauro César Muniz tem o poder de falar da brasilidade desse ser que é tão próximo da gente, com a camada poética através do riso, mas com uma profundidade tão grande de um sistema, de uma politica que nos rege diariamente e em todas as relações, sejam elas públicas ou privadas.” – Conta Tom Rezende

Cia. Voo em “O Santo Milagroso” | Foto: Douglas Piton Photo

Passaram 60 anos desde o lançamento da obra “O Santo Milagroso“, muitas coisa mudaram, acima de tudo a capacidade das pessoas manterem o foco, com isso a necessidade de realizar mudanças nos textos, cenografia e até figurinos.

“Acho que a minha direção está muito pautada em resinificar coisas, colocando um ótica e mantendo o texto na essência daquilo que o autor escreveu, colocando a provocação de como a poética pode trazer essa verticalidade que muitas vezes é pautada apenas pela fala. Então está na dramaturgia cênica, aquilo que além do que é falado, pode ser visto, deve ser visto.

No caso do “O Santo Milagroso”, fiz uma redução no tempo de espetáculo, até tive esse conversa com o Lauro, onde comentamos sobre isso. Lá em 63, as pessoas iam ao teatro ficavam facilmente 3 horas, esse é um texto longo, facilmente ele teria 3 horas montado na integra. Hoje, em 2023, já não é esse lugar mais, o espetáculo tem menos de 2 horas, em uma dinâmica que a gente consegue manter a atenção do público muitas vezes disperso pelo celular, pelo tempo de chegar e sair… Acho que quando a gente consegue chegar nesse lugar, seja pela dramaturgia, seja pela cenografia ou figurino a adaptação foi feliz”

A relação da Cia. Voo de Teatro com os pássaros vai muito além do nome e para Tom Rezende, diretor da companhia é visível e importante manter essa pesquisa e conceito dentro das produções.

“A relação com os pássaros, também é parte da pesquisa continuada da companhia, se lá em “Lisístrata” todos os personagens são andorinhas, aqui esses pássaros, esse lugar de pouso e ninho, estão ressignificadosatravés de elementos cenográficos e que também aparecem no figurino e retratam a relação dos enamorados, no caso Terezinha e o sacristão católico.”

Cia. Voo em “O Santo Milagroso” | Foto: Douglas Piton Photo

Conheça a equipe e elenco da peça “O Santo Milagroso”

  • Texto: Lauro César Muniz
  • Direção e Adaptação: Tom Rezende
  • Direção Musical: Victor Motta
  • Figurino e Arquitetura Cenográfica: Márcio Vinícius
  • Cenário e Adereço: Tom Rezende
  • Elenco: Luciano Brandão, Luiz Rabelo, Bianca Ikkemoto, Álisson Gonçalves, Theofila Lima, Rodrigo Odone, Alexandre Marinho e Lorrayne Amorim.
  • Musicista: Rodrigo Dutra
  • Criação de Músicas: Vinicios Dutra
  • Assistente de Figurino: Marília Silveira
  • Maquiagem: Bianca Ikkemoto
  • Produção de Cenário: Companhia do Voo
  • Iluminação: Rafael Lopes
  • Operação de Luz: Gessé de Almeida
  • Comunicação Visual e Planejamento Digital: Gustavo Oliveira
  • Colaboração Artística: Andressa Parisi
  • Produção Executiva: Tom Rezende
  • Coordenação de Crowdfunding: Rodrigo Odone
  • Assistentes de Produção: Bianca Ikkemoto e Lorrayne Amorim
  • Realização: Prefeitura da Cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e Companhia do Voo de Teatro

Serviço

O Santo Milagroso de Lauro César Muniz
Temporada: Até 12 de fevereiro de 2023
Sessões: As sextas e sábados às 21h e aos domingos às 19h
Onde: Teatro Arthur Azevedo – Avenida Paes de Barros, 955 – Mooca – São Paulo/SP
Quanto: A partir de R$ 15,00 (meia entrada)
Vendas Presencial: Bilheteria do teatro aberta 1 hora antes das sessões.
Vendas Online: Via Sympla Aqui*
Classificação: 12 anos
Duração: 105 minutos

Foto Capa: Douglas Piton Photo

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