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Manhãs de Setembro vai além de uma série com protagonista trans

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Manhãs de Setembro vai além de uma série com protagonista trans

Em junho de 2021, “Manhãs de Setembro” chegava ao catálogo da Amazon Prime Video, para fechar com chave de ouro o mês do orgulho LGBTQIA+, longe de ser uma série cheia de estereótipos e preconceitos sobre a vida de uma mulher trans, “Manhãs de Setembro” tem Liniker fazendo sua estreia como atriz na vida da protagonista Cassandra.

Em Manhãs de Setembro, Cassandra é uma mulher trans, negra, que deixou sua cidade natal no interior para tentar a vida em São Paulo. Durante o dia trabalhando como motogirl, às noites como cover de sua musa inspiradora Vanusa — Ícone 70s da música brasileira — sutilmente apresentada também como uma “guia interna” para as decisões de Cassandra.

Sua confiança em viver essa vida nova, em uma grande metrópole com o apoio de seu namorado Ivaldo (Thomaz Aquino), suas amigas e amigos se vê abalada com uma reviravolta: Cassandra descobre que teve um filho, Gersinho (Gustavo Coelho), fruto de uma relação com sua ex-colega de trabalho, Leide, interpretada por Karine Teles.

O roteiro que retrata com delicadeza a vida e os sonhos de Cassandra é assinado por Josefina Trotta, Alice Marcone e Marcelo Montenegro, e a produção de Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck, da O2 Filmes.

Cada detalhe na construção dos personagens da série claramente retrata a verdade de diversas mulheres trans que vivem no Brasil. Os responsáveis pela direção das cenas dessa temporada de “Manhãs De Setembro” foram Luis Pinheiro e Dainara Toffoli.

O elenco de “Manhãs de Setembro” inclui ainda Paulo Miklos, Isa Ordoñez, Clodd Dias, Gero Camilo e a cantora Linn da Quebrada em uma participação especial.

Ao colocar em visibilidade um assunto tão real entre as famílias brasileiras nos seus mais variados formatos. Afinal, são duas mulheres desejando um pouco de privacidade e liberdade.

Leide (Karine Teles), presa ao julgamento da sociedade por ser mãe solteira e todas as questões da romantização da maternidade imposta para todas as mulheres com útero e assim como Cassandra, que até então desconhecia a existência do filho, e enfrenta o peso do julgamento diário por ser uma mulher trans.

O famoso “corre” dos brasileiros: “vender o almoço para comprar a janta — e ainda precisar dividir com os filhos”, fica em evidência com o desenvolver das histórias que cruzam com os protagonistas: a mãe solteira que precisa recorrer à prostituição para criar sua filha, o casal de gays cis mais velhos entre outras construções sociais que facilmente são percebidas no roteiro.

Os valores e a real cumplicidade entre os LGBTQIA+ fica natural quando se colocam atrizes e atores da comunidade para trazerem suas vivencias para os personagens.

Logo, o ponto alto de “Manhãs de Setembro” talvez seja a liberdade de escolha para Cassandra, diante de tudo que a vida lhe oferecia naquele recorte da sua história. Afinal, a vida é cheia de reviravoltas mesmo.

Fotos: Reprodução/Amazon Prime Video

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