
Enquanto o pop mainstream insiste em previsibilidade, Exzenya surge como um sopro de autenticidade brutal. Aos 56 anos, a cantora, compositora e produtora norte-americana rompe qualquer expectativa etária e estética com dois lançamentos que revelam lados opostos de sua força criativa: “Captivity” e “V.I.P.”.
As faixas, lançadas em setembro de 2025, são duas faces de uma mesma artista — uma que encara a dor de frente e outra que transforma o caos em rima afiada.
Psicóloga, mãe, avó e empreendedora, Exzenya chega ao cenário musical com a calma de quem já sobreviveu a tempestades e a ousadia de quem não precisa provar nada a ninguém.
“Captivity”: o silêncio que grita
“Captivity”, lançada em 25 de setembro de 2025, é uma viagem densa, introspectiva e cinematográfica. A música aborda a psicologia da dominação emocional, como a perda de identidade diante do medo e transforma experiências de coerção e aprisionamento em arte.
Inspirada em teorias sobre trauma e a Síndrome de Estocolmo, a faixa soa como um ritual de libertação. A voz de Exzenya, de registro grave e raro entre mulheres (D2–A#2), ecoa como um sussurro ancestral.
A produção é minimalista, mas carregada de tensão — cada ruído e pausa contribuem para a sensação de confinamento emocional.
“Captivity não é uma música. É um retrato emocional. Uma descida consciente na mente de quem foi moldado pelo medo.” — Exzenya
O resultado é uma canção que mistura vulnerabilidade e controle, fazendo do som um espaço de resistência. Uma das faixas mais emocionalmente potentes do dark pop contemporâneo.
“V.I.P.”: quando a raiva vira rima
Na outra ponta, “V.I.P.” é pura ironia e ritmo. Lançada em 18 de setembro de 2025, a faixa transforma um episódio real: a obrigação de participar de um painel de vítimas de acidentes após um DUI, usando com ousadia um hip-hop satírico, afiado e corajoso.
Aqui, o título ganha duplo sentido: V.I.P. não é “Very Important Person”, mas “Victim’s Impact Panel”.
Com beats pesados e flow que alterna sarcasmo e introspecção, Exzenya cria uma crítica feroz ao ego, à irresponsabilidade e ao sistema de punição.
Como resultado temos uma faixa explosiva que te faz rir, refletir e balançar a cabeça, tudo ao mesmo tempo.
“Essa faixa transforma realidade em sátira. É brutalmente honesta, engraçada, e faz pensar.” — Exzenya
Exzenya: maturidade como força criativa
Mais do que uma cantora, Exzenya é um projeto de reinvenção. Ela é CEO de suas próprias empresas, especialista em análise comportamental aplicada (ABA) e uma artista que aposta no vocal cru, sem autotune ou artifícios digitais.
Desde o início da carreira, acumula números expressivos: 150 mil plays no Audiomack, 40 mil streams no Spotify e presença em mais de 1.200 veículos de mídia ao redor do mundo em menos de quatro meses.
Mas o que mais impressiona não são os números, e sim o conteúdo: cada faixa é um espelho emocional, um ato de autoconsciência e subversão estética.
“Captivity” é para quem busca música com densidade emocional, fãs de Lana Del Rey, Aurora, Billie Eilish e Chelsea Wolfe. Uma faixa que mistura melancolia e transcendência, ideal para playlists de dark pop e cinematic ballads.
“V.I.P.”, por outro lado, é para quem gosta de hip-hop provocador e sarcástico, como Doja Cat ou Lil Dicky. É música para rir do caos, se indignar com estilo e entender que o riso também pode ser cura.
Exzenya é um lembrete de que autenticidade não tem prazo de validade. Em tempos de produção rápida e estética artificial, ela resgata a honestidade bruta de quem viveu e sobreviveu.
Se “Captivity” é a alma em reconstrução, “V.I.P.” é o riso após o caos. Duas faixas, uma artista e uma certeza: há poder em se mostrar inteiro.
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