fbpx
MÚSICA

Das ruas para o estúdio: conheça a trajetória do carioca Adilson Dias

Publicado em

Das ruas para o estúdio: conheça a trajetória do carioca Adilson Dias

Adilson Dias ficou popularmente conhecido como o ex-menino de rua que se encontrou com a arte. Remanescente do grupo de crianças assassinadas na Candelária em 1993, Adilson entrava no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) para beber água e ficava apreciando as obras de arte.

Foi através do grande Ator Sérgio Britto que o rapaz ingressou no teatro (como diretor, sua peça mais conhecida é “Arandu – Lendas Amazônicas“, que esteve no CBBB’s de SP, RJ, BH e DF).

Multifacetado, Adilson hoje faz trabalhos de artes visuais e descobriu a música também como forma de expressão.

O artista começou a batucar seu violão quando notou uma “certa melodia” em seus versos.

Alguns amigos diziam que era estranho seu jeito de tocar violão e que precisava aprender a tocar do jeito certo, mas foi exatamente o “jeito errado” que despertou esses olhares e ouvidos para sua música.

Agora, Adilson prepara o lançamento da canção “O Erê da Iôca” (tradução: O Menino da Vovó).

Assim foi descoberto na internet pelo produtor musical Guilherme Gê, que mostrou a faixa tocada somente ao violão para o percussionista Marcos Suzano e para o guitarrista e produtor do Lenine, Jr Tostoi.

Convidado pela UDU Music Rio, de Guilherme, Adilson gravou seu single de estreia em setembro no estúdio Lab Tostoi, com a participação especial de Marcos Suzano na percussão. O lançamento de “O Erê da Iôca” deve acontecer no último trimestre deste ano.

A assinatura da produção musical será de Guilherme Gê e a Masterização de Alexandre Rabaco (que já trabalhou com grandes nomes da música como Lulu Santos, Seu Jorge, Djavan).

“A música tem forte influência da cultura Iorubá, trazida por negros escravizados no período Brasil colônia e fala de uma preta velha (entidade afro-brasileira) pedindo pra acender seu cachimbo”, explica Adilson.

O cantor se inspirou em um episódio que aconteceu em sua infância quando encontrou com essa entidade em um terreiro de umbanda lhe dizendo que ele era “O Erê da Iôca“.

Tais palavras nunca saíram de sua cabeça e virou um poema. Primeiro surgiu a palavra escrita e depois a necessidade de vestir os versos com harmonia musical.

A música chegou até um mestre da MPB. Sobre sua forma de tocar, Roberto Menescal fez esta observação: “Adilson Dias é muito bom, traz uma coisa meio Jorge Bem Jor, mas com uma cadência atual”.

Foto: Divulgação

Envie para
um amigo


Seja um apoiador

Ao se tornar um apoiador, você passa a receber conteúdos exclusivos e participa de sorteios e promoções especiais para apoiadores.

Comentários